Análise – Penny’s Big Breakaway
Uma aventura bonita, mas que se desgasta rapidamente
Pra quem não sabe o porquê de Penny’s Big Breakaway ter feito tanto alarde, é porque o game foi feito pela mesma equipe de Sonic Mania. Com isso, você nota a semelhança entre ambos os jogos na análise a seguir.
A fugitiva Penny
Aqui, você joga como Penny, uma garota que está sendo procurada pela equipe do imperador por tê-lo envergonhado depois que seu monstro ioiô cósmico comeu suas roupas, deixando-o nu diante dos olhos de todos. Agora, como uma fugitiva, Penny deve evitar todos os capangas do reino, que se resume à polícia pinguim.
O jogo é centrado em plataformas e gira em torno de um conjunto especial de diferentes movimentos com o ioiô para se livrar dos inimigos e superar obstáculos. Penny pode dirigir seu ioiô como se fosse em um veículo de duas rodas para aumentar sua velocidade e correr (além de passar por superfícies aquáticas com ele), impulsionar-se no ar para ganhar um impulso e ser arremessada levemente pra frente, e pode se agarrar ao ioiô no ar para alcançar lugares mais altos – uma espécie de pulo duplo com pêndulo.
Além disso, a protagonista pode interagir com vários objetos no ambiente para ganhar velocidade, balançar-se e escapar da polícia pinguim. Há colecionáveis espalhados por todo o cenário, e a recompensa por coletá-los basicamente envolve adquirir itens equipáveis (que acabaram sendo consumíveis) que durarão um único estágio, além de cenários especiais que podem ser desbloqueados para vencer o modo Time Attack (Contra o Tempo). Eu preferiria ter itens equipáveis ou upgrades que durassem até o final do jogo, pra ser sincero.
O lado negativo da experiência
A desvantagem de toda a experiência é o fato de que as mecânicas não mudam na medida necessária para justificar a duração da aventura e os diferentes cenários que você tem que explorar. A paisagem certamente muda esteticamente, mas, no geral, os obstáculos, level design e os objetos interativos não são transformadores a um nível que encante o jogador mais uma vez. Tudo se torna muito “mais do mesmo” conforme você avança, e isso acontece bem rapidamente.
Por fim, as batalhas contra chefes conseguem adicionar um pouco ao fator novidade e impedem que ele se desgaste tão rápido. Eles exigem o padrão já conhecido de memorizar e desviar dos ataques inimigos. Ademais, elas colocam à prova todas as suas habilidades treinadas até aquele ponto, então é definitivamente uma boa maneira de renovar levemente a experiência de tempos em tempos. No entanto, eles não são tão frequentes, considerando que você deve vencer um mundo inteiro respectivo para que isso aconteça.
Uma aventura legal que se desgasta rápido demais
A aventura de Penny é agradável e prazerosa, mas apenas inicialmente. Depois de 2 ou 3 mundos, você desejaria que a experiência terminasse o mais rápido possível, mas ela se estende provavelmente por capricho. Os desenvolvedores conseguiram montar um produto muito bem feito e visualmente belo, mas, infelizmente, não foi tão bom quanto eu queria que fosse. Os itens equipáveis podiam ter sido a cereja do bolo, adicionando melhorias ao personagem, mas acabaram agindo como consumíveis. Além disso, o modo 60 fps funciona bem quase sempre, mas tem quedas de desempenho absurdas e bem irritantes, o que não é ideal.