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Análise: Phoenix Wright: Ace Attorney Trilogy

Phoenix Wright: Ace Attorney é uma das minhas séries favoritas produzidas pela Capcom e agora os três primeiros jogos chegam ao Switch. Os títulos foram originalmente lançados para o GBA, localizados nas suas versões de DS e então portados para o iOS com um novo visual, sendo que esta última versão tornou-se a base para as demais que estariam por vir, Android e os consoles da geração atual.

 

A versão de Switch não traz nenhuma novidade se comparada a versão de iOS e utiliza dos gráficos redesenhados. Pessoalmente, prefiro o visual das versões de DS e as versões mais modernas (iOS, Android, Switch, etc.) sofrem com a falta de alguns frames de animação. É um detalhe que deve afetar apenas os fãs mais saudosos das versões de DS e, para este grupo, as versões modernas se justificam apenas pela conveniência, já que não possuem nenhum conteúdo novo. Este novo lançamento é para atrair novos fãs para a série e posso afirmar que são três títulos absolutamente incríveis.

Phoenix Wright é um advogado que defende seus clientes de falsas acusações de assassinato. Para isso, Phoenix investiga o local do crime, entrevista testemunhas e junta o máximo de evidências possíveis para defender seu cliente no tribunal. No tribunal, ele prova a inocência de seu cliente apontando discrepâncias entre os diversos testemunhos e a evidência coletada até que o verdadeiro criminoso seja revelado.

 

A jogabilidade, portanto, é dividida em dois momentos: Investigação e tribunal. A investigação funciona como um jogo de adventura point-and-click, no qual o jogador é encarregado de conversar com testemunhas, detetives e outras pessoas para ter uma ideia dos eventos que se passaram em cada caso e investigar as premissas por busca de objetos e pistas relacionados ao mesmo. Phoenix também pode apresentar esses objetos e pistas para obter mais informações de cada individual já que muitos desses não necessariamente cooperarão com a investigação. Uma vez que o jogador tenha obtido todas as pistas possíveis, o jogo avança para o tribunal.

O tribunal envolve Phoenix e um promotor debatendo sobre os acontecimentos do caso baseado nas testemunhas e nas evidências coletadas. O jogador, portanto, deve ler os testemunhos, saber quando pressioná-los por mais informações e apresentar a evidência correta quando uma disparidade é encontrada ou para criar um argumento. Tanto o momento de investigação quanto o de tribunal requerem uma leitura bastante atenciosa por parte do jogador, portanto, recomendo que tenham uma certa proficiência com o inglês para aproveitar os títulos, pois não há uma tradução em português.

 

A história de cada caso e a maneira conforme o mesmo se desenvolve é muitas vezes imprevisível e emocionante, conquistando com facilidade a completa atenção do jogador. Os personagens são carismáticos seja pelas suas falas, atitudes ou pelo excelente trabalho de animação em cada momento. A trilha sonora exacerba cada um dos momentos, trazendo uma intensidade impressionante para os debates e momentos principais. Eventualmente, uma história principal se desenvolve durante os três títulos e o último acaba por terminar essa de maneira bastante convincente e sem deixar pontas soltas.

Infelizmente, esse é um port bem básico e que poderia ter modernizado alguns pontos do conjunto. Alguns casos, especialmente os últimos de cada título, são particularmente obtusos com sua lógica e saber qual a evidência correta para esses momentos se torna um desafio e, na pior das hipóteses, um exercício tedioso de tentativa e erro até encontrar a correta. Outras opções como log de leitura ou avanço automático, opções bastante comuns em jogos com bastante texto, também seriam adições bem-vindas na atual versão.

Jogo analisado com código fornecido pela Capcom.

 

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