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Análise: Super Volley Blast

Como um bom fã de vôlei sempre fico curioso sobre qualquer aparição desse esporte no universo dos games. Já tivemos no passado alguns ótimos games dessa modalidade esportiva: quem se lembra de Beach Spikers: virtual beach volleyball (2001) da SEGA para o Gamecube ou – esse bem mais antigo – Hyper V-Ball (1994) da Ubisoft para o SNES sabe bem do que estou falando.

Aqui estamos diante de uma proposta bastante interessante trazida pela Unfinished Pixel, uma desenvolvedora indie baseada em Barcelona, e cujos integrantes são oriundos da Ubisoft. A ideia do estúdio é criar uma nova IP de esportes chamada Super Blast, e o primeiro jogo nessa direção é o Super Volley Blast.

Super Volley Blast apresenta disputas de vôlei de praia com mecânicas simples, porém bem executadas e que permitem alguma profundidade interessante em termos de jogabilidade. O jogo oferece os modos Partida Rápida (Quick Match), Torneio (Tournament), Modo História (Story mode), Desafios (Challenges), além de um editor de avatar e tutorial.

Sua proposta gráfica é muito simples, adotando um estilo cel-shading e trazendo uma perspectiva intermediária de visão da quadra – nem tão de cima, nem tão de baixo – em que visualizamos a quadra lateralmente. As disputas acontecem nas cidades de Barcelona, Cairo, Tóquio, Nova Iorque, Sidney, Rio de Janeiro e Taipei. Cada cenário destaca alguns dos principais pontos turísticos do local. No Rio, por exemplo, o Cristo Redentor aparece ao fundo.

A parte sonora é bem genérica, não chega a comprometer o game, mas não há muito o que destacar nesse quesito.

Falando sobre a jogabilidade, quando estamos com o saque com o direcional esquerdo escolhemos a área da quadra adversária na qual desejamos que a bola caia, com o Y efetuamos o saque acertando a bola por baixo. Para o saque no estilo “viagem”, devemos apertar o botão X seguido pelo Y. Para recepcionar a bola, devemos mover nosso jogador para uma marcação vermelha, que representa o local no qual a bola deverá cair, e apertar o botão B. O B é o botão responsável tanto pela recepção quanto pelos passes. Para cortar, deve-se apertar o botão X para pular seguido do Y, sempre levando em conta a posição do personagem em relação à bola para melhor acertar o tempo da batida.

Demora um tempinho até que os comandos sejam assimilados e as disputas fiquem interessantes e de fato competitivas. A CPU não dá vida fácil e no início as primeiras partidas podem ser um pouco frustrantes. Sugiro que insistam, pois logo logo estarão disputando incríveis rallys!

O jogo oferece multiplayer local, mas infelizmente não há opções online. Minha experiência nas disputas com dois jogadores jogando em dupla no mesmo time foi muito divertida. Novamente vale a dica, pode ser um pouco estressante no início até que ambos dominem bem os controles, mas seguramente logo após o período inicial de adaptação a diversão estará garantida.

Há ainda um divertido modo avatar, com o qual podemos criar uma imensa variedade de personagens dependendo apenas da nossa criatividade. A interface faz lembrar bastante o Mii Maker e é bastante completa, fácil e divertida de usar.

Vamos ficar de olho, aguardar e torcer para que a desenvolvedora Unfinished Pixel de fato cumpra sua promessa e que Super Volley Blast seja apenas o primeiro da série Super Blast. Não deixe se enganar pela aparência simples do game, disponível na e-Shop americana por $9,99, Super Volley Blast pode valer muito sua atenção.

O jogo foi gentilmente concedido pela Unfinished Pixel para esta análise.
(The game was kindly granted by Unfinished Pixel for this review.)
70%
Divertido

Super Volley Blast é uma opção bacana para aqueles que gostam do esporte ou simplesmente apreciam uma boa disputa. Tem um estilo simples mas bastante funcional e boa jogabilidade. Fica devendo opções online.

  • Design
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