Analise – The Mageseeker a League of Legends Story
Uma boa ação pode liberar uma cadeia de eventos
The Mageseeker: A League of Legends Story faz parte da série de jogos spin-off anunciados esse ano pela Riot Forge em conjunto com a Digital Sun (conhecida por Moonlighter). O game conta a história de Sylas, um mago recém-libertado após anos de cativeiro, que usa as correntes que um dia lhe prenderam para libertar seu povo.
Os elos da revolução
Mesmo que você tenha chegado até aqui sem saber o que é League of Legends, ainda poderá curtir Mageseeker, que aproveita para expandir ainda mais esse universo e contar de forma interativa um passado mostrado apenas em textos em seu jogo principal.
Aqui conhecemos Sylas em sua infância, um menino prodígio que esconde sua magia enquanto caça magos usando ela, até que um dia, em um ato de compaixão, ele decide salvar uma jovem maga usando sua magia para roubar seus poderes. O que ele não esperava, porém, era que isso acabaria revelando seu segredo e o condenando a uma vida privada de liberdade. Ele só escapa quando a sobrinha do rei (Lux Steamguarda) baixa a guarda e tem sua magia roubada por você.
A trama é toda voltada para a revolução e libertação de Demacia, resgate dos magos, a revolução e a busca de Sylas por vingança pelos seus anos acorrentados. Ao longo do caminho, conhecemos a realidade do reino de Demacia e Sylas reflete suas ações do passado.
O game tem um roteiro com bastante profundidade e consegue ir moldando a personalidade de Sylas para aqueles que ainda não conheciam sua história. Devo dizer que estar totalmente traduzido e dublado para o portugues facilita ainda mais, sem contar o elenco de apoio, que conta com vários personagens originais; cada um tem sua importância e uma história para contar.
As correntes que prendem também libertam
Sylas tem o poder de absorver e copiar a magia de outros magos, e com a ajuda das correntes que um dia o aprisionaram durante anos, ele é capaz de copiar, liberar magias e canalizá-las em novos ataques. A chave para a vitória da revolução é dominar os feitiços e usar contra aqueles que são mais fracos. Usar essas habilidades, no entanto, não exige que você seja nenhum PhD. Os elementos são divididos em pares e um é fraco ao outro, por exemplo: fogo e gelo, luz e trevas etc.
O combate é bem interessante, mas deixa algumas coisas a desejar. Conforme aumentam os guerreiros da revolução, recebemos magos que ajudam Sylas com novos combos, mas é uma pena só poder carregar 2 de cada vez. Há várias lojas com melhorias de combate, porém é tudo caro e não temos como juntar recursos além de seguir em frente com a história. Você até pode voltar em capítulos para procurar colecionáveis, mas não coletará mais recursos.
Escolha com cuidado o que melhorar, mas se caso ainda ache difícil, você pode mudar a dificuldade e alguns parâmetros nas opções (caso queira apenas apreciar a história).
Parte técnica
A equipe da Digital Sun caprichou nos detalhes e, mesmo sendo todo feito em pixel art, os cenários são incríveis e com detalhes sensacionais. Muitos golpes típicos dos personagens estão bem fiéis ao que é visto no MOBA que originou Mageseeker. O game é uma ótima mescla entre recursos modernos com um estilo de arte mais clássico. Não podemos esquecer das artes dos menus e de cenas: também estão muito boas, apesar de faltar um pouco de animação em alguns pontos.
Infelizmente, nem tudo é perfeito. Mageseeker sofre com alguns problemas de input delay (atraso de comando) e de otimização. Não foram poucas as vezes em que o software fechou ou ocorreu algo que me impediu de seguir no jogo. Por sorte, a campanha não é muito extensa, mas é bem frustrante perder parte do progresso por algum imprevisto assim.