We are OFK é uma ideia ousada de unir o mundo dos games e da música. Através da história do jogo, conheça a banda virtual OFK e seu EP de debut. Será se deu samba essa combinação?
[bs-heading title=”Sobre We are OFK” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Inicialmente revelada com uma performance curta na Game Awards 2020, a banda OFK é uma banda virtual, como Gorillaz, Vocaloids e K/DA, o jogo foi anunciado sem data por um bom tempo, até ter sua data anunciada em maio.
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Lançamento: 8/Out/2024
O álbum da banda é real, e pode ser acessado em qualquer plataforma digital, e foi anunciado recentemente que eles já estão trabalhando em uma música nova.
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Aviso: Se você tem problema com pronomes neutros, saiba que este texto os tem ainda mais do que o normal dos meus, porque há personagens não binárias na banda.
We are OFK traz a história de quatro amigues, Itsumi, Luke, Carter e Jey (mais o gatinho de RV, Debug), que seguem a rotina diária de pagar contas, tentar conseguir o dinheiro do aluguel e ir para um trabalho que te esgota, enquanto buscam o sonho de se tornarem uma banda (a OFK) e fazerem sucesso em Los Angeles. É um jogo que vai te fazer refletir sobre diversas das questões que a gente tem no mundo moderno, como o tempo que a gente passa conectades em aparelhos tecnológicos, além de todas essas ansiedades modernas, mas ao mesmo tempo em que é extremamente charmoso e com personagens cujas personalidades não são rasas, e que te fazem se importar com elas.
Itsumi acabou de terminar com sua namorada e se muda pro centro de LA em busca de estar mais perto do trabalho e de conseguir fazer sua música chegar a mais pessoas.
Jey é uma produtora musical que precisa decidir entre apoiar sus amigues no projeto ou trabalhar com um astro da música.
Carter é uma programadore (que utiliza pronomes neutros na história) que tem que lidar com suas dificuldades com trabalho, sua criação de Debug, gate virtual (também pronomes neutros) que é parte da banda e sintetiza sons e sua frustração com trabalho.
Luke é um compositor bissexual que faz malabarismos entre sua vida amorosa, não querer estar mais no emprego de criação de jogos, e sua vontade de ser um compositor reconhecido e de sucesso.
Juntas, essas quatro pessoas completamente diferentes te levarão por uma história interessante e agradável, completamente relatável, que te faz se simpatizar com cada uma das personagens. Quem de nós nunca ficou em dúvida de qual mensagem mandar no Tinder, ou se devíamos deixar um emprego frustrante e investir num sonho, ou ficar com o que é mais seguro, e assim vai?
A única coisa incômoda de We Are OFK, no que se refere à história, é que suas escolhas nas conversas parecem não ter qualquer efeito. Joguei alguns capítulos duas vezes, escolhendo coisas diferentes, e não houve nenhuma mudança real na história, e isso é uma coisa que me incomoda um pouco em Visual Novels: se você vai me permitir tomar decisões, que elas afetem ou impactem de alguma forma a história, valeu, falou?
O ponto bacana de cada capítulo é que a gente tem uma música nova da banda pra ouvir, já que OFK é uma banda digital real, então, ao final dos 5 capítulos, você terá ouvido cinco músicas novas, que eu até gostei bastante (Footsteps, eu te amo).
Mas se você não quiser jogar os de 60 a 84 minutos de cada capítulo só pra ouvir as músicas, elas já estão disponíveis nas principais plataformas musicais para fazer streaming, então, você também pode fazer o caminho inverso: ouvir primeiro as músicas e depois ver como cada uma se encaixa na história.
Espero que lancem novos capítulos, ou ao menos uma webtoon (que seria ainda melhor), para que a gente possa acompanhar mais da banda daqui para a frente, porque realmente tem muito potencial para história boa.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
We are OFK foi lançado em cinco capítulos, cada um com uma semana de intervalo, e todos já estão disponíveis. E eu sei que Visual Novel não é tanto para jogar, é muito mais para assistir, mas aqui, erraram um pouco na mão.
Os únicos momentos que de fato você para de assistir a algo e toma decisões são naquelas que, como falei acima, não interferem em nada, como que música enviar ou que mensagem enviar pra alguém, e durante os MVs/clipes das músicas, que não interferem em nada, apenas te dá algo pra fazer enquanto ouve a música nova do grupo.
Isso faz com que a esmagadora maioria do tempo, você acompanhe a história, e só. Ela é completamente dublada, então isso ajuda bastante, mas pra quem está jogando os capítulos pela segunda ou terceira vez para ver se muda algo (spoiler: não muda), é um incômodo não poder acelerar as conversas até o ponto da próxima decisão, nem conseguir ler alguma mensagem anterior, já que se você piscar, perdeu (quem me acompanha aqui sabe que eu valorizo bastante quando tem isso).
De ponto positivo, você sabe exatamente quanto tempo falta pra acabar o capítulo, uma vez que é literalmente um filme que você assiste (inclusive, no nome de usuário dentro do jogo, você diz “quem está assistindo”, não “quem está jogando”), e você pode fazer pausas a qualquer momento durante uma cena, então, isso também ajuda a não perder, caso alguém te chame. Falando em pausas, você pode optar por não ter limite de tempo para tomar decisões, em vez dos 10 segundos normais, então, é algo legal pra quem não gosta de ter tempo pra tomar decisões.
Outro ponto positivo é um jogo extra que existe dentro do jogo no último capítulo (que é melhor como jogo de Visual Novel que o próprio We Are OFK, mas abafa), que te faz entender um pouco melhor o quão importantes são as amizades para Carter.
[bs-heading title=”Parte Técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
We are OFK é um jogo que roda muito liso no Switch. Foi um port muito bem feito, embora o jogo não exija tanto assim dos computadores nos quais pode ser jogado.
A arte é maravilhosa, um estilo bastante único, meio psicodélico, e ajuda a contar a história. O jogo é 100% dublado em inglês (único idioma disponível), e isso ajuda bastante na imersão. Como já falei acima, as músicas são até que boas, e “participar” do processo de criação até o lançamento do EP da banda, e dos perrengues por trás dele fica muito mais rico por causa dessa imersão proporcionada pelo quão bons a arte e o som são.
A única coisa que eu estranhei é o consumo de bateria. Meu Switch é a versão 1, e eu real tive a impressão de a bateria ter um nível de consumo quase igual a Breath of the Wild, o que o jogo não justifica, já que não tem conexão com a internet, nem local, e é um jogo 2D chapado, basicamente. Talvez o processamento necessário pra toda essa arte e som use muito das capacidades do Switch, e por isso, consuma mais bateria, mas é um jogo que passa bem perto de fazer o cooler do Switch acelerar e fazer barulhinho.
[bs-heading title=”Conclusão” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
We are OFK é um jogo que dificilmente causará uma reação de indiferença. Ou você vai adorar ou vai detestar, seja pelo estilo, seja pela história, seja pela jogabilidade. Isso significa que vale muito a pena experimentá-lo, e eu posso garantir que é uma experiência única.
Análise feita com cópia gentilmente cedida pelo Team OFK
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