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Deu Charizard! – Divulgados os resultados do PokéCenso 2021

Pesquisa foi a maior de um nicho já realizada na história, quase 4 mil respostas que ajudaram a compreender o perfil do fã de Pokémon, confira os resultados:

Após quase um mês, foi encerrado a primeira edição do PokéCenso 2021, a primeira grande tentativa de mapear a base de fãs da franquia no Brasil. E sim, o objetivo foi cumprido com êxito. Hoje, em primeira mão, a Switch Brasil traz a todos alguns dos resultados dessa pesquisa enorme, assim como a lista dos Pokémon mais famosos por aqui. Posso assegurar que vocês vão se surpreender!

Your friendly Millennial

A primeira coisa que temos que comentar sobre nesse Censo é que sim: o perfil do fã de Pokémon foi obtido com êxito. Segundo os entrevistados, caso pegássemos a maioria dos resultados demográficos, o adepto da franquia no Brasil seria:

Homem (90,9%)
Branco (67,3%)
Heterossexual e Cisgênero (67,5%)
Paulista (37,4%)
Solteiro (62,9%)
Com entre 25 e 30 anos (32,7%)
Morando com os pais (66,4%)
Cursando ou concluindo faculdade (25,9% e 25,6%)
Membro da classe C (24,4%)
Sem filhos, e sem planos para os próximos 5 anos (75,2%)

Esse perfil endossou com folga algo que já se esperava. Grande parte dos fãs se engloba na geração dos millennials, ou seja, nascidos no período pré e pós virada do século. A tendência desse grupo (também conhecido como “geração Y”), é completamente distinto das gerações anteriores. Grande parte não tem mais os sonhos de “casa e família” próprios, optam por se manter morando com os pais e focando cada vez mais nos estudos.

Algo relativamente preocupante é a falta de representatividade entre os fãs. É certo que temos vários criadores de conteúdo fora desse padrão, porém entre a fanbase isso infelizmente acaba não se refletindo. Apenas 29,4% dos entrevistados se declararam pretos ou pardos.

Em matéria de gênero, a disparidade é ainda mais realçada. Somente 8% se declararam do gênero feminino, e 1,3% com outro. Falando de sexualidade e identidade, apenas 17,5% se autodeclararam Gays. Bissexuais representam 10%, Assexuais 4%, Transgêneros 1,5% e somente 0,8% Lésbicas; este último caso, a exceção da exceção.

Curiosamente, 49,3% dos fãs de Pokémon que responderam à pesquisa tem entre 10 e 24 anos. Na prática, isso significa que quase a metade da comunidade hoje é formada por pessoas que nasceram DEPOIS do lançamento original de Pokémon em fevereiro de 1996. Apenas 3% dos fãs que responderam ao Censo disseram ter mais de 36 anos.

Desde XY, temos várias opções de personalização de personagem. Infelizmente, essa representatividade não alcança seu público alvo na grande maioria das vezes

Novidades gerais

Mesmo com o hate direcionado para o grupo inicial de Kanto, ela ainda é a primeira opção da maioria. De cada 4 pessoas, ao menos uma tem a primeira geração como favorita. Curiosamente, quando o assunto é a região de preferência, o fã se mantém entre Johto e Sinnoh, com 20,4% e 19,5% respectivamente. No que toca a tipos, Fogo, Água e Dragão são as ideais. Junto, o trio tem mais de 43% dos votos. O tipo Pedra ficou em último lugar, com apenas 12 votos, ou 0,3%.

Mesmo que em menor intensidade, o impacto de GO continua sendo sentido até hoje. Depois dos jogos e do anime, a modalidade é a mais familiar entre os fãs, com cerca de 1.600 votos. E apesar da crítica massiva nos jogos, mais da metade dos fãs afirmaram que compraram pelo menos um jogo da franquia no último ano, entre spin-offs e jogos da série principal.

As três sagas favoritas dos fãs são a Liga Índigo (23,5%), XY&Z (15,6%), e Diamante e Pérola (5,8%). Aventuras em Unova, foi a que teve menos votos, 8, conseguindo apenas 0,2% da totalidade. E em uníssono, Ash tem sim duas Ligas. 2.175 pessoas responderam isso, ou seja, mais de 56% dos entrevistados. A Liga Alola foi unicamente reconhecida por 28,9%. Apenas 7,2% dos fãs que responderam ao Censo acreditam que até hoje Ash não conquistou nenhum título oficial ainda.

Agora não tem mais discussão: Ash já ganhou uma Liga Pokémon

O fã de aguarrás

Segundo o fã, o principal problema da comunidade atualmente são discussões rasas, ou seja, brigas por causa de jogo, região, ou algo favorito relacionado à franquia em geral, com 52,3% dos votos. O pessimismo dos próprios fãs para com Pokémon foi o segundo motivo mais listado, com 47,2%.

Um dado curioso é em relação a percepção de “toxicidade”, ou seja, a sensação de desconforto que o fã tem em relação a comunidade. Foram feitas duas perguntas para o entrevistado. A primeira questionava se ele acreditava que a base de fãs do Brasil se adequasse a esses padrões. Nessa questão, 26,3% responderam que sim, ela era tóxica. Agora, na segunda questão, foi indagado quanto a PRÓPRIA percepção de toxicidade da pessoa para com a fanbase.

Nesse caso, 93,5% responderam que não se viam como um indivíduo tóxico, ou seja, incômodo para a comunidade. Grosso modo, pode-se dizer que grande parte dos fãs entende que o próximo é algo inconveniente, porém em raras exceções a própria pessoa se vê como um empecilho para a boa convivência. Por fim, uma vontade comum para os fãs é a necessidade de jogos em português. Esse foi de longe o desejo mais repetido da comunidade para a mudança no Brasil até 2026. A redução de preços também foi citada várias vezes na questão.

Troféu Lagartixa de Ouro

Algo muito procurado nos últimos dias também foi uma das perguntas do PokéCenso 2021. Afinal, qual é o Pokémon mais famoso do Brasil (e não o mais procurado)? Essa foi a pergunta feita a 3.988 pessoas. Dentre as diversas respostas, chegamos ao Top 10 apresentado aqui. Uma coisa interessante a se endossar é que mais de 400 Pokémon foram escolhidos, além desses que serão exibidos abaixo. Ou seja, sim, mais da metade da tal “Pokédex Nacional” não foi escolhida por absolutamente nenhum entrevistado!

Vamos aos números finais, enfim:

1º – Charizard (7,4%)
2º – Lucario (4,32%)
3º – Gengar (2,96%)
4º – Bulbasaur (2,72%)
5º – Eevee (2,7%)
6º – Greninja (2,54%)
7º – Pikachu (2,49%)
8º – Dragonite e Mewtwo (1,8%)
10º – Umbreon (1,65%)
11º – Gardevoir (1,59%)
12º – Squirtle (1,52%)
13º – Charmander (1,47%)
14º – Rayquaza (1,41%)
15º – Infernape (1,36%)
16º – Blaziken e Sceptile (1,31%)
18º – Garchomp e Lugia (1,13%)
20º – Cyndaquil e Mimikyu (1,11%)

Então é isso. Essas foram apenas algumas das repostas dessa primeira edição do PokéCenso. Mas espera aí, que ainda tem mais!

A fundação da comunidade

E por último, mas definitivamente não menos importante, aqui em primeira mão temos revelada o mais novo projeto da base de fãs de Pokémon no Brasil – o Instituto Nacional de Estatística Pokémon Aplicada – INEPA, para os futuros mais chegados.

A nova fundação, ainda na fase inicial de desenvolvimento, irá englobar tudo o que for relacionado a estatística e a própria franquia em si no país. Ela irá publicar a íntegra final dos dados dessa edição do Censo, e será responsável por manter o interesse e a curiosidade por estatísticas dos fãs viva no período entre as duas edições do Censo. A proposta é que todo mês, sejam entregues análises especiais com foco na comunidade, sejam elas relativas aos novos canais ou sites, bem como atualizações sobre os já existentes.

Instituto deve entrar ao ar nos próximos meses, fornecendo uma compreensão ampla da base de fãs brasileira

 

Agora sim chegamos ao final. Claro, é muito bom endossar que não foram apresentadas todas as questões por aqui. Nos próximos dias, confiram vários outros criadores de conteúdo comentando sobre muito mais novidades do Censo! E aí, esses dados surpreenderam? Vocês se identificaram com algo aqui? Deixa nos comentários, me conta tudo! Até!

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