Elden: Path of the Forgotten é um game que segue o gênero souls-like com gráficos em 2D, inspirado pela era dos 16 Bits. Lançado em 9 de julho, o jogo foi desenvolvido por Dylan J. Walker da Onerat Pty Ltd e distribuído pela Another Indie.
O jogo começa com uma pessoa sentada em frente a uma mesa enquanto observa um livro, quando algo maligno parece tomar seu corpo. A mesma pessoa desenha algo no chão, seu desenho se torna um portal e a absorve, em seguida um vulto surge e parece ter observado o ocorrido, após isso iniciamos a gameplay.
Elden: Path of the Forgotten conversa com o jogador de uma maneira única, sem diálogos, sem tutoriais e sem um mapa. As poucas escritas que aparecem na tela são em um idioma próprio do game, o que me deixou intrigado e com vontade de explorar aquele mundo sombrio, mas pode ser visto negativamente por outros jogadores.
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Lançamento: 26/Set/2024
A história é contada através da exploração, se utilizando de métodos indiretos e não tradicionais. Um detalhe no cenário, um cadáver rodeado de monstros e mais coisas do tipo, essas peculiaridades conversam com o jogador e vão contando um pouco do que aconteceu naquele local. Confesso que senti falta de uma narrativa e de um objetivo, mesmo que secundário, o que me desanimou em alguns momentos.
A jogabilidade em Elden é simples e consiste basicamente em administrar os ataques e esquivas nos momentos certos, enquanto se observa sua estamina, para que não fique sem energia para alguma ação em um combate, como em outros games do mesmo gênero. Ao longo do jogo adquirimos novas habilidades e magias, que nos ajudam muito, principalmente nas batalhas contra chefes.
Falando dos chefes, em Elden eles são um show à parte e parecem ter saído de uma história Lovecraftiana e essa influência se estende também aos cenários. A mistura dos gráficos sombrios com a trilha sonora minimalista deixam a atmosfera do game instigante e me causaram uma vontade incrível de saber o que estava acontecendo naquele lugar e essa vontade parecia ir aumentando a cada cena de batalha em que eu passava e a cada novo local explorado.
Ao longo da gameplay, tive experiências negativas com alguns bugs, como por exemplo durante um combate, fiquei “preso dentro de uma pedra”, o que me levou a morrer, em outro momento fiquei preso no cenário entre um objeto e a parede, sendo necessário voltar ao último save e o pior de todos, um bug que me prendia em um local toda vez que eu passava por ele, me forçando a voltar ao menu e não passar novamente naquele lugar.
Elden possui uma dificuldade consideravelmente alta e pode afastar os jogadores que buscam algo mais casual, porém é um grande atrativo para os fãs do gênero souls-like. Você encontrará de tempos em tempos um marcador no chão, que servirá como checkpoint e a cada vez que morrer voltará ao último checkpoint descoberto, porém como em outros games do gênero, a distância entre um e outro pode ser muito longa. Após a morte o jogador perderá o progresso conquistado e isso quer dizer que deverá novamente buscar itens e matar monstros, o que não seria novidade se não fosse pelos “locais de cura” que como o nome indica, enchem a vida do player, esses locais não voltam a existir após serem usados, mesmo que o jogador tenha morrido e voltado ao último checkpoint. Itens de cura espalhados pelo cenário como comida e poções voltam a existir normalmente.
Elden: Path of the Forgotten é um jogo difícil, porém passa longe de ser frustrante e agradará aos fãs do gênero souls-like. Os gráficos, a trilha sonora e os efeitos sonoros ambientam muito bem a aventura, porém senti falta de uma narrativa, o que complementaria muito esse game. Os bugs me atrapalharam um pouco, mas não ao ponto de tornar a experiência negativa. De uma maneira geral, Elden: Path of the Forgotten tem alguns problemas, mas é um ótimo jogo.
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