Sim, enfim tivemos o primeiro Worlds de Pokémon após de mais de três anos de pausa. A promessa londrina de receber a primeira edição fora da América em 2020 finalmente surtiu efeito. Mas como entender o fenómeno criado pela mudança de visão? Quais podem ser as possíveis respostas para um evento que nunca antes foi tão esperado pela comunidade quanto agora? Confira aqui na Universo Nintendo, ou como vídeo na Pokés-On!
Período Sabático
O primeiro fator de digamos, sucesso que deve ser apontado é o duplo período sabático imposto pela pandemia. Sim, realmente não foi algo necessariamente “positivo”, muito pelo contrário.
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Quanto maior a espera, maior a expectativa. A entrar num exemplo prático, as Olimpíadas. Temos apenas duas semanas de Jogos a cada quatro anos. Também devido à pandemia, tivemos que esperar um ano a mais para Tóquio acontecer. E é essa “escassez” que faz um evento ser ainda mais aguardado. Além disso, é possível alocar um maior período de preparação para criar algo memorável, ao invés de apenas mais uma edição simples.
Mas independente de ser a favor ou contra esse intervalo maior, a intercessão forçada desde Nashville 2019 acabou por criar um desperdício de habilidades em diversas categorias. De lá pra cá, passamos por toda a oitava geração de Pokémon, com todos seus pontos altos e baixos. Porém, as inovações que Galar trouxe – como o Dynamax, a exemplo – nunca chegaram nem ao menos perto de serem testadas em um evento desse patamar. Até agora.
Novas modalidades
Como disse, a pausa de quase três anos foi o suficiente para o mundial perder quase todas as surpresas e possibilidades que a geração poderia trazer nesse período. Porém, uma coisa deve-se ressaltar para essa edição. O antigo conceito de Mundial, onde apenas os melhores do mundo de TCG (e anos mais tarde VGC) se enfrentavam virou passado. O torneio de 2022 é algo maior. Sem dúvida, em questão de participantes, sejam eles staff, cobertura de mídia ou obviamente jogadores, em todas as modalidades e idades, essa já deve ser a mais ambiciosa de todos os anos de disputa até aqui.
E, no último mundial da era de Galar, recebemos todo o conteúdo introduzido de uma só vez. As estratégias desenvolvidas no TCG e VGC chegaram ao seu ápice. Pokémon GO se consolidou como uma modalidade competitiva definitiva no mundial. Pokkén, após cinco anos de farra, enfim faz sua despedida (para algo maior, talvez?). E claro, Pokémon Unite garante seu espaço como a divisão com a maior perspectiva de crescimento possível nos próximos anos. Ainda que a primeira participação sulamericana não nos traga memórias tão boas assim, é certo que elas reservam-nos um futuro brilhante pela frente.
Internacionalização de Pokémon
Pokémon, por mais que seja uma franquia originalmente japonesa, foi difundido por todo o mundo. E foi do outro lado do oceano, nos Estados Unidos, que os nipónicos encontraram seus maiores rivais no cenário competitivo. Como um dos maiores mercados consumidores da série, foi justamente Orlando a cidade agraciada para receber o primeiro Mundial da categoria, ainda em 2004. E bem, a lista de países a sediar seguiu quase sem mudanças. Com exceção de Vancouver, em 2013, todas as edições até aqui foram realizadas com exclusividade em solo estadunidense. E curiosamente, só em 2023 – quase 20 anos após o começo dos torneios – que teremos o primeiro Mundial na terra que criou Pokémon – mais precisamente, em Yokohama.
Porém, apesar de ainda ter uma hegemonia no cenário, EUA e Japão não são mais os únicos protagonistas do cenário competitivo. Diversas nacionalidades já possuem ao menos um título nas modalidades, e tornar o evento algo realmente “mundial” passa justamente por essa mudança na escolha das sedes. Galar – ou melhor, o Reino Unido – se tornou a oportunidade perfeita para focar mais no público britânico.
E não se trata apenas de ter um campeão. O processo classificatório se democratiza cada vez mais, com regiões como Sudeste Asiático e Caribe a receber eventos locais de qualificação, algo quase impensável há poucos anos atrás. Atualmente, o único continente a não receber nenhum evento da temporada competitiva principal é a África. Porém, com a constante expansão da série mundial, existe uma grande esperança de que em algumas temporadas ninguém mais fique de fora da ação.
Futuro
O crescimento do evento tratou-se principalmente de dar novos ares a um torneio que já vinha a se tornar cada vez mais repetitivo, e criar uma ocasião que não fosse apenas um encontro anual de treinadores, mas um momento efetivamente global, à altura do desenvolvimento do porte do torneio nos últimos anos.
O que outrora se tratava de organizar alguns jovens de dois ou três países viciados em cartas coloridas num hotel requintado no interior dos EUA, se tornou uma das principais datas do calendário do fã de Pokémon, com as mais diversas modalidades, a receber jogadores de (quase) todo o mundo anualmente, e a criar experiências dignas de lembrança. Certamente o Mundial de Londres representa não só uma edição histórica, mas sim um completo ponto de virada nas séries globais, que passam a ter uma enorme perspectiva de crescimento a partir daqui.
Hall da Fama
E por último, o mais importante: quem melhor se saiu em cada categoria! Segue a lista:
Estampas Ilustradas (TCG) | ||
País | Nome / Apelido | Categoria |
Rikuto Ohashi | Junior | |
Liam Haliburton | Senior | |
Ondrej Skubal | Master |
Pokémon Sword & Shield (VGC) | ||
País | Nome / Apelido | Categoria |
Kosaku Miyamoto | Junior | |
Yasuharu Shimizu | Senior | |
Eduardo Cunha | Master |
Pokémon GO | ||
País | Nome / Apelido | Posição |
MEweedle | ? | |
DancingRob | ? |
Pokémon Unite | ||
País | Nome / Apelido | Posição |
Blvkhvnd | ? | |
Nouns e-Sports | ? | |
Renaissance | ? |
Pokkén Tournament DX | ||
País | Nome / Apelido | Posição |
Shadowcat | ? | |
Jukem | ? | |
M2Cloud | ? |
Então é isso. Fiz um breve resumo do mundial desse ano aqui, para compartilhar de algumas coisas que eu pensei nesse período de hype. E vocês, o que acharam dessa edição? Apesar das decepções, o saldo final terminou sendo positivo como um todo? Quero ler suas opiniões aqui nos comentários. Até!
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