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Análise – Tasomachi: Behind the Light

A interessante aventura de uma garota que coleta lanternas e ganha habilidades

Criado por apenas um ex-desenvolvedor do conhecido The Legend of Zelda: Breath of the Wild, Tasomachi: Behind the Light é um jogo que se concentra na exploração e na grandeza de seu mundo. Aqui, você fará o papel de uma garota com um chapéu, e precisará consertar seu veículo voador que acabou de cair ao sobrevoar um pedaço de ilha, cercado por um mundo povoado por gatos e outros pequenos animais – apesar de ser bem vazio.

Sua “aventura” está prestes a começar

Locais belos são destaque

Começamos nossa calma aventura em uma espécie de ilha bastante alta, com algumas portas para entrarmos e nenhum tutorial. No meio desse lugar, há uma porta para entrarmos e conhecermos algumas das mecânicas básicas e iniciais, como o movimento e o botão de pular, dois dos quais serão parte fundamental da dita “aventura”. Nossa principal missão é consertar nosso dirigível e seguir para as próximas ilhas, além de aceitar o pedido de ajuda de um gato antropomórfico para limpar uma espécie de neblina que envolve o local todo.

Há uma primeira masmorra com alguns obstáculos bem fáceis de superar e aprender mais sobre como resolver puzzles. No final, Tasomachi nos mostra que temos que limpar a primeira parte do nevoeiro em torno de uma árvore antiga ou algo assim, levando-nos a acreditar que é o que devemos perseguir a partir daquele ponto. É tudo bem interpretativo.

Habilidades novas

Após este primeiro momento, a protagonista tem acesso a outra ilha, situada em um lugar com algumas portas aqui e ali para nós entrarmos. Cada uma dessas portas nos levará a masmorras com quebra-cabeças/puzzles para serem resolvidos. A maioria desses quebra-cabeças são baseados em plataformas, apresentando coisas como peças móveis de plataformas, coisas brilhantes que nos mandam para cima como um trampolim, chãos invisíveis ativados por um botão, etc.

Além disso, depois de um certo ponto em nossa jornada, ganhamos novas habilidades, como uma que permite esmagar o chão, através da qual somos capazes de romper tábuas de madeira enfraquecidas para alcançar a moeda corrente semelhante a uma lanterna. E, claro, há um salto duplo também, fora uma outra skill que habilita um dash/impulso  no ar.

Vazio, mas não parece proposital

Puzzles diferentes, mas repetitivos

Nossa aventura gira em torno de ir e voltar para diferentes ilhas, entrar em portas, passar por masmorras, resolver quebra-cabeças de plataforma simples e sem inspiração através de controles desajeitados… e é isso. É verdade que há alguns gatos com missões rápidas por perto para lhe recompensar com lanternas, mas nem eles são capazes de afastar o fator de repetição.

Também é possível simplesmente pular alguns puzzles gastando seu dinheiro chamado Source of Earth, mas isso é apenas um atalho que descarta toda a diversão pretendida – assumindo que haja muito dela por aqui. Pelo menos essas moedas têm algum propósito ao longo do jogo, ao contrário de muitas outras coisas. É praticamente um nível de dificuldade que é moldado como você desejar.

Limpando a névoa

No que diz respeito à jogabilidade, pouco é apresentado ao longo do caminho, além de algumas novas habilidades que não adicionam muito ao jogo em si e Sources of Earth mais lanternas que precisam ser coletadas para avançar. Como já mencionado, a mecânica principal consiste em ir atrás de masmorras, resolver quebra-cabeças, limpar o nevoeiro, explorar o mapa e repetir. O mundo parece vazio, sem brilho e inacabado, me dando a sensação de um jogo não finalizado, ou pelo menos algo realmente sem polimento que ainda está em fase de testes beta.

A narrativa é quase inexistente, além do fato de que precisamos ajudar os gatos na tarefa de limpar a neblina e consertar nossa aeronave para ganhar habilidades. Não posso deixar de pensar em Tasomachi como um bom quadro para ser admirado, que carece de conteúdo e jogabilidade atraente – o mesmo vale para os controles.

Muita beleza, pouca jogabilidade

Tasomachi é um jogo bonitinho com um visual que me lembra vagamente Zelda, mas isso não é suficiente para torná-lo atraente. As mecânicas são muito superficiais, e nem mesmo as habilidades desbloqueáveis ​​são suficientes para aumentar a diversão. A trilha sonora e o design de som em geral fazem um bom trabalho para criar uma boa atmosfera, e posso perceber o coração colocado nesse trabalho em muitos detalhes nesse sentido, como quando você pisa no chão, cai na água, obtém itens suficientes para desbloquear uma lanterna, etc.

Visualmente falando, a versão de Switch faz um trabalho decente, embora haja um atraso de entrada em comparação com a versão PC de 60fps que bagunça os controles um pouco mais do que já são por natureza. Em termos de gráficos, há aquele aspecto borrado inevitável que muitos jogos portados para o Switch têm, além de objetos aparecendo o tempo todo e uma resolução medíocre. Eu diria para você esperar pela versão de outro console se você realmente quiser jogar Tasomachi, ou vá com a de PC.


Jogo fornecido para análise pela Playism.

Análise – Tasomachi: Behind the Light
Veredito
Tasomachi é um quadro bonito para ser admirado, mas não exatamente para atuar como um videogame.
Prós
Boa composição de cenário com locais belos
Personagens bem modelados e visualmente únicos
Alguns puzzles são razoavelmente interessantes
Contras
Conteúdo raso demais
O jogo parece algo ainda em beta
Controles flutuantes e desajeitados
Repetitivo e muito focado em coletar coisas
Tudo parece sem objetivo
Mundo grandioso, mas vazio demais
3
Conteúdo vago e jogabilidade abaixo da média
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