World Splitter é um jogo de plataforma e puzzle em 2D que é diferente de tudo o que eu já vi. Quero dizer, não é nada de novo puzzles em plataformas, assim como há vários jogos que lidam com diversas dimensões, mas este jogo é único na forma como coloca todos os elementos juntos.
A história do jogo até existe mas, para ser sincera com vocês, consiste unicamente de uma desculpa pra você ir do ponto A ao ponto B de cada fase sem deixar nenhum bichinho pelo caminho, então, ela não é importante. O que importa aqui é a mecânica única.
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Lançamento: 7/Nov/2024
Ao contrário da maior parte dos jogos de plataforma, em World Splitter você não pode pular (quero dizer, pode dar saltinhos, mas não ajudam muito). Mas há objetivos que exigem passar por obstáculos de água e subir a tela, como fazer? Esse é o momento no qual você precisa manipular a divisa dimensional, e, usando o analógico direito e os botões de gatilho, você consegue fazer aparecer coisas que não estavam lá antes, ou desaparecer com outras. Isso significa que, por exemplo, para subir, você precisa descer com a divisa até os pés do seu bonequinho, e ir subindo, revelando a montanha que existe na dimensão de trás e, assim, jogando-o para cima.
Só cuidado que se na outra dimensão, só tiver parede, você morre esmagada. Então, é sempre bom dar uma bisbilhotada do outro lado (quando essa habilidade é liberada) e cumprir a (não tão simples) tarefa de fazer como a proverbial galinha e atravessar a estrada.
De qualquer modo, World Splitter tem 60 fases, cada uma delas diferente e única, e várias delas que só não te farão ter vontade de arremessar o Switch longe, porque elas parecem tão impossíveis, devido ao som tranquilo e aos gráficos fofinhos do jogo.
É quase impossível ficar irritada jogando. Quase, porque houve alguns pontos de gargalo no jogo que eu fiquei encarando a tela do Switch por minutos a fio sem a menor noção de como faria; e ao conseguir, me punia mentalmente por ter demorado tanto a chegar na solução.
O jogo tem um modo multiplayer que é muito legal por uma série de fatores: O primeiro deles é o fato de ser local com um joy con, então a qualquer momento que você estiver jogando, pode convidar alguém para jogar com você. Segundo, porque são fases diferentes, e ambas as jogadoras precisam chegar ao final da fase, coletando o máximo de bichinhos possível, e cada uma manipula a própria linha dimensional, então, é preciso combinar todas as dimensões para sermos bem sucedidas.
A soma do multiplayer e do fato de haver um alvo de limite de tempo e rotação da dimensão faz com que o jogo tenha um fator replay muito alto, até certo ponto, já que ao terminar todas as fases com todas as marcas de ouro e todos os bichinhos, você não vai ter mais nada para fazer.
Não que seja um problema. Pelo valor pedido no jogo, ele vale as mais de 10 a 12 horas que devem ser necessárias para conseguir fazer 100%.
Ele não é um jogo perfeito especialmente por não arriscar mais. Ele é um jogo bom, que nunca tenta ser melhor que isso, e cumpre essa missão. Poderia haver formas diferentes de aproveitar os poderes dimensionais, bem como a possibilidade de um cooperativo online, seria o tipo de jogo que me faria passar horas online com uma amiga tentando limpar cada fase.
Apesar disso, World Splitter é um puzzle plataforma muito bonito, muito bem feito e que é a cara da geração atual de jogos casuais: mais complexo do que parece ocasionalmente, com fases curtas que te permitem jogar em várias sessões pequenas durante o dia, e a possibilidade de conquistar troféus no jogo; a possibilidade de jogar multiplayer é só a cereja do bolo.
Análise feita com cópia gentilmente cedida pela BUMBLE3
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