Existem muitos jogos que mesclam estilos diferentes. Já vi combates sendo resolvidos por meio de jogos tipo Candy Crush e Bejeweled, já vi por dados e sorte, mas ATONE: Heart of the Elder Tree traz uma ideia que eu nunca joguei antes, que é o combate ser um jogo de ritmo. Isso, somado à Mitologia Nórdica, me fez querer conhecer e mergulhar nesse universo novo.
[bs-heading title=”Sobre ATONE: Heart of the Elder Tree” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Desenvolvido pelo Widlboy Studios e publicado pela Untold Tales, ATONE: Heart of the Elder Tree foi lançado originalmente na Apple Arcade há três anos, depois de quase outros três de trabalho. Parece que três é o número da sorte deles, porque em janeiro deste ano, o jogo foi lançado para várias plataformas, em sua versão final.
Recomendação de Compra
Final Fantasy I-VI Pixel Remaster Collection
Lançamento: 8/Out/2024
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Num mundo abandonado pelos deuses, Estra vê seu pai morrer diante de seus olhos e, sendo a última herdeira de um poder ancestral, ela sai numa jornada para conseguir trazer de volta prosperidade e paz para Midgard, derrotando um mal ancestral que voltou para assombrar a todo mundo.
A história de ATONE é imersiva, interessante, cheia de rumos inesperados, personagens marcantes e decisões difíceis. Decisões, porque você tem uma grande árvore de decisões a tomar, e cada decisão leva você a situações diferentes e poderes diferentes.
O jogo não só usa a Mitologia Nórdica, como também a ensina para quem quiser aprender. Várias artes espalhadas pelos cenários durante o jogo contam a história dos deuses, dos reinos, de heróis e vilões épicos. Foi bom rever sobre coisas que eu passei boa parte da minha vida estudando sendo realidade dentro de um jogo.
Conforme você sobe a montanha, você conhece mais e mais da sua história, e do que levou os deuses a nos abandonarem. Você conhece outros povos, você revê pessoas que um dia foram importantes para Estra, e em todos os momentos, as decisões a tomar vêm. Eu joguei algumas vezes, mas não consegui ainda identificar exatamente quais diferenças há na história como um todo as decisões que você toma, mas é notável como ela afeta o destino de personagens específicas.
De qualquer forma, mesmo que elas não afetassem nada, na prática, o jogo te faz se importar com todas as personagens. Você genuinamente quer ajudar Estras a salvar aquele povo e a lutar contra o mal que assola o mundo.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
São vários tipos diferentes de jogos dentro de um, que tornam Atone um jogo único. A progressão de um RPG, na qual você anda por territórios diferentes e evolui sua personagem de acordo com os caminhos que você seguir, temperada por vários puzzles de diferentes níveis de dificuldades, alguns essenciais para prosseguir, outros desbloqueando novos poderes, coberta por batalhas que são um jogo de ritmo, no qual você precisa apertar os botões certos na hora certa e manter o ritmo da música tocando para vencer seus oponentes.
E Atone manda bem em tudo o que se propõe a fazer. Antes de continuar quero destacar a preocupação com pessoas deficientes: Se você não consegue acompanhar o ritmo para fazer as batalhas, não tem problema; a qualquer momento, você pode desligar o jogo de ritmo, e só jogar os outros pontos.
Por outro lado, se você achar o jogo com dois botões simples demais, há a opção de dificultar, dobrar para quatro botões. E você pode ajustar sempre que quiser, então, caso alguma parte em específico esteja fácil ou difícil demais, basta mudar o nível e depois reverter.
O jogo tem um mapa tão bem feito que dificilmente você se perde em para onde deve ir: é intuitivo andar por Midgard. Os puzzles são caprichados e te exigem, em muitos momentos, prestar atenção ao seu cenário, para conseguir resolver. Alguns deles, você pode pedir dicas, mas perde pontos de inteligência por isso, e isso te impede, lá na frente, de acessar certos lugares.
As decisões também parecem pesar, seja da forma como você vai responder a uma pergunta específica, seja na hora de decidir se alguém vive ou morre.
E o jogo de ritmo é excelente. São ritmos variados o suficiente para não ficar chato, e jogar com os quatro botões ao mesmo tempo é genuinamente desafiador. Além disso, para quem gosta bastante dessa parte, há um modo Arena, no qual você enfrenta quem já derrotou no jogo principal, além de algumas fases exclusivas da Arena, só na parte da batalha musical.
[bs-heading title=”Parte Técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Esse jogo é perfeito. Zero defeitos, sério. Arte toda feita à mão de qualidade alta, num estilo único, que homenageia a arte rúnica nórdica. Dublagem 100% completa em inglês e de alto nível, você realmente sente as emoções das personagens de forma genuína.
Interface e legendas 100% em português, bem feitas, revisadinhas, se encaixando bonitinho no espaço, o jogo foi feito com muito cuidado. Não há momentos nos quais o jogo trava, não fechou sozinho nenhuma vez, enfim, 10/10 na parte técnica: o jogo sabe o que precisa fazer para rodar bem, e faz bem feito.
[bs-heading title=”Conclusão” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Atone: Heart of the Elder Tree é tudo o que eu espero de um jogo, e talvez mais: é moderno e retrô ao mesmo tempo, traz formas diferentes de se divertir, adaptativo para cada pessoa, com personagens marcantes, decisões que parecem importar e qualidade técnica. Todo mundo deveria conhecer.
Análise feita com cópia gentilmente cedida pela Untold Tales
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