Catherine Full Body é uma versão expandida do título Catherine que foi originalmente lançado para PS3 e 360 e eventualmente portado para o PC. A temática do título gira em torno de temas presentes na vida de uma pessoa adulta como relacionamentos, casamento, construção de uma família, encontros sociais e muito mais. O protagonista, Vincent, é uma pessoa normal sem poderes especiais, sem grandes destinos, sem absolutamente nada de destaque como é comum com protagonistas de jogos.
Vincent tem, no entanto, um pequeno grande problema. Katherine, namorada de Vincent, está o pressionando para que casem e possam começar uma família. Logo em seguida, Vincent acorda ao lado de Catherine, uma outra mulher, após uma noite bebendo e “inicia” um outro relacionamento. Por último, Rin, uma pianista sem memórias, também cria sentimentos por Vincent após ele salvá-la de um estranho perseguidor. Esta última é uma novidade da versão Full Body e a narrativa foi adaptada para encaixá-la naturalmente no decorrer da trama. Novas cenas com Katherine e Catherine também estão presentes em Full Body, expandindo ainda mais o enredo do original. Vincent, portanto, se encontra dividido entre as três e, além disso, sofre com estranhos pesadelos a cada noite, sendo que morrer neles também é fatal na vida real.
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Lançamento: 25/Out/2024
O jogador, portanto, acompanha Vincent nesse momento decisivo de sua vida e, muitas vezes, o jogador é encarregado de decidir as ações de Vincent em diversos momentos da história. Essas decisões afetam o andamento da história e o final obtido pelo jogador, ou seja, com quem Vincent vai finalmente terminar depende única e exclusivamente do jogador. Os questionamentos podem variar desde perguntas diretas sobre relacionamentos e vida adulta, mas também pequenos e-mails e conversas com cada personagem ajudam a construir a decidir o destino do protagonista.
Todas as noites, Vincent se reúne com seus amigos em seu bar favorito, Stray Sheep. Além de responder aos e-mails e telefonemas de cada mulher, Vincent também pode conversar com outras pessoas no bar. As pessoas que aparecem no bar são poucas, mas suas histórias individuais são gradativamente sendo reveladas a cada noite. Muitos desses também tem os estranhos pesadelos fatais e, dependendo de suas conversas, alguns podem vir a morrer ou sobreviver durante o curso da história. A história assume tantos cursos diferentes que jogá-la apenas uma única vez é um desperdício. Para a primeira vez, no entanto, eu recomendo responder honestamente a cada questionamento, pois é interessante se projetar nas situações nas quais Vincent passa e que, muitas delas, são também frutos da nossa realidade.
O que, felizmente, não é presente em nossa realidade são os pesadelos mortais. Os pesadelos acontecem em uma estranha torre e Vincent deve escalar uma pilha de blocos até seu topo, sendo que essa pilha de blocos gradativamente é destruída. Caso Vincent falhe em alcançar o topo e caia, ele também morre na vida real. A jogabilidade de Catherine é a de um quebra-cabeça, onde Vincent deve empurrar e puxar os blocos de maneira a criar um caminho para o topo. Os blocos seguem regras especiais e, a cada noite, uma nova mecânica é introduzida ao quebra-cabeças para torná-lo ainda mais complexo como, por exemplo, blocos que são destruídos ou são escorregadios ou são armadilhas mortais.
Sendo franco, Catherine tem uma jogabilidade excelente e viciante, mas também bastante desafiadora de se entender e dominar. Construir uma forma de escalar a pilha de blocos requer um raciocínio preciso e também rápido, pois a pilha de blocos gradativamente desmorona. Nessa estranha situação, Vincent encontra outros homens que também sofrem com o pesadelo e, todos eles, se parecem com ovelhas. Alguns desses irão contar suas frustrações para o protagonista, outros irão simplesmente enlouquecer e, os mais inteligentes, irão desenvolver técnicas para sair dessa situação. A explicação dessas técnicas é bastante didática e se torna uma forma extremamente valiosa de ensinar ao jogador a complexidade do quebra-cabeça. Nenhuma dessas técnicas é um poder especial ou algo liberado durante o jogo, todas elas são formas inteligentes de se mover os blocos para alcançar o topo de maneira mais eficiente.
Com esse desafio presente, existem ajudas sutis aos jogadores que se encontram com problemas. Rin, a nova pianista, também está presente nos sonhos e sua música diminuí a velocidade com o qual a pilha de blocos desmorona. Na bar Stray Sheep, há um fliperama com o mini-game Rapunzel que segue as mesmas mecânicas que a jogabilidade da torre, porém não há limite de tempo e há um limite de movimentações possíveis. Esse é um bom modo para que o jogador possa parar e pensar com calma e desenvolver as técnicas aprendidas. Tanto na torre quanto no mini-game Rapunzel é possível desfazer algumas movimentações. Por último, caso morra demais em uma sequência, o jogo tem um modo automático que demonstra como avançar em uma parte em particular.
A jogabilidade do título leva a tantas possibilidades que Full Body tem modos expandidos dedicados a mesma. Enquanto que no original existia um modo multiplayer para dois jogadores localmente, a nova versão conta com um modo online completo para competir contra jogadores do mundo inteiro. Catherine, inclusive, tem uma cena competitiva e que, do pouco que vi, é bastante divertida de ser acompanhada. Full Body também traz um modo remix que coloca blocos de formatos variados para dar mais variedade ao desafio do jogo. Aqueles que se interessarem e gostarem da jogabilidade, terão muitas opções para desfrutá-la nessa versão. A versão do Switch, felizmente, roda perfeitamente em modo portátil, sendo uma simples e importante adição a experiência do jogo. Cada nível com os blocos consomem poucos minutos, sendo ideal para pequenas sessões de jogo.
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Catherine Full Body é um jogo excelente, independente de sua plataforma. A história é excelente e assume diferentes rumos e destinos conforme as decisões do jogador. A jogabilidade de quebra-cabeças é inicialmente simples, mas torna-se desafiadora e viciante conforme se avança no jogo. Esse não é só um clássico por parte da Atlus como, também, é um dos melhores títulos deles e que, certamente, merece mais destaque.
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