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Análise: Mulaka

Mulaka, um jogo de aventura e plataforma em 3D com mundo semi-aberto e muitas paisagens, além de um estilo de arte próprio e uma abordagem diferenciada para sua história, onde a narrativa aqui tem como inspiração e referência a tribo indígena mexicana Tarahumara.

O jogo foi revelado durante o Nindies Showcase que foi apresentado pela Nintendo em setembro de 2017, e a Lienzo apostou em um jogo com temática única, gráficos próprios, sistemas de batalhas diferenciados e outros recursos interessantes que irei detalhar ao longo de minha análise.

Começando pelo ponto principal, a arte de Mulaka é algo que me agradou logo de cara. Você com certeza vai lembrar de jogos como RiME por exemplo, mas não se iluda: a Lienzo caprichou para que Mulaka contasse com seu charme próprio. Estilos simples, charmosos e aquele cartoon não enjoativo ou forçado demais, com uma boa “pitada” de magia – minha forma de resumir o que eu vejo quando começo a explorar os mais diversos lugares, com variações fantásticas de cores em paisagens que agradam os olhos de qualquer fã de aventura para esse estilo de jogo. Outro ponto de destaque aqui, é a variação muito bacana de criaturas, que vão sendo descobertas conforme você vai progredindo, deixando sempre aquele gostinho de novo a cada local que você visita pela primeira vez.

Quanto ao gameplay, você vai controlar Mulaka, que inicialmente possui grandes limitações, então não se preocupe caso você passe por algo que você pense estar perdendo naquele instante – com o progresso do jogador, as transformações em animais serão os pontos chave para que você passe pelos locais e consiga desbloquear os segredos escondidos ali. Uma dica que deixo aos principiantes, é sair coletando as floras que encontrarem pelo caminho, o craft automático das poções que usam essas plantinhas vai te auxiliar bastante em combates mais desafiadores e quebra-cabeças que lhe custem alguma energia vital mais para frente.

A mecânica de combate inicialmente é bem simples, e vai ficando cada vez mais aprimorada conforme você avança no jogo. Usar a velocidade a favor de Mulaka em combate vai te garantir boas esquivadas dos inimigos, mas não só isso! É importante também ficar esperto com inimigos invisíveis – e é aí que entra a visão Sukuruame, um recurso crucial para encontrar estes seres malígnos e também desvendar alguns quebra-cabeças ao logo das fases e até mesmo encontrar personagens que precisam ser libertados ou possuem algum conhecimento para te passar.

Sobre a história em si, Mulaka atravessa diversas paisagens que são inspiradas no México, e assim como em em outros jogos do mesmo estilo, aqui você precisa combater inimigos, resolver enigmas, explorar e entender um pouco da história para pegar algumas dicas e livrar todo o mundo do mal que assombra a tribo. Não espere por mapas na sua tela ou apontamento, a exploração aqui fica por conta do jogador e você tem basicamente que descobrir como prosseguir pelas regiões.

Nem tudo são flores, mas não se preocupe. Os poucos defeitos notáveis nesse jogo foram citados pela própria produtora antes mesmo de eu ter iniciado o processo de análise. Há uma leve queda na taxa de quadros caso você o coloque em modo de descanso e religue para jogar, bem como alguns erros menores em certas regiões do jogo. Uma crítica de minha parte é a limitação do mapa (tanto que o classifico como um mundo semi-aberto), onde você explora até um certo ponto – as parede invisíveis o limitam. Fora isso, não percebi problemas técnicos, o jogo rodou muito bem em ambos modo portátil e TV, não peca em perda de resolução quando alternado entre os modos e o gameplay usando ambos Joy-Con ou PRO Controller são bem suaves.

*Jogo carinhosamente concedido pela Lienzo para esta análise.

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