A série NBA 2K é uma das mais famosas franquias do mundo dos videogames, e uma daquelas que a gente espera jogos todos os anos. NBA 2K22 segue a regra, e a gente se jogou nas quadras pra descobrir se vale a pena comprar.
[bs-heading title=”Sobre NBA 2k22″ show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
NBA 2K22 é o 23º jogo da franquia, a mais bem sucedida do basquete. Tendo começado nos anos 90 nas mãos da Sega, ela conseguiu tirar do mercado jogos de gigantes como a série NBA Live, da EA. No momento, quem lança os jogos é a 2K.
Recomendação de Compra
Mario & Luigi: Brothership
Lançamento: 7/Nov/2024
A série sempre traz alterações pra tentar diferenciar dos jogos anteriores, em vez de sempre relançar o mesmo jogo, e costuma trazer sempre adições interessantes para quem gosta de ter muitas opções.
[bs-heading title=”História” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Falar de história em jogo de esporte geralmente é difícil, mas neste caso, não é. Há diversos modos de jogo, mas o principal deles, em termos de história, é o modo My Player, no qual você cria um jogador e joga com ele a carreira, do Combine pré-draft à aposentadoria e, quem sabe, indução ao Hall da Fama da NBA.
No papel de MP, o jogador que você cria, você não só precisa treinar e jogar, mas também navegar pelas mentiras da mídia, decidir sobre seu futuro, dar entrevistas, agradar aos fãs. E os fãs são vocais. Depois de cada jogo, você pode ir à vizinhança e checar no seu celular o que estão falando de você no Twitter. Há também tweets que aparecem no meio das partidas.
Além disso, você frequenta os treinos, e os técnicos passam drills específicos de acordo com o resultado da partida anterior, mas você também pode treinar atributos específicos que queira melhorar. Nas partidas, você precisa colaborar, porque seus colegas estão te avaliando, e sua nota aumenta a sintonia do time e o quanto de moedinhas você ganha.
As cenas são muito bem feitas, e você realmente se sente fazendo o papel de um calouro. Eu não tive tempo pra ir além de duas temporadas, mas é bem interessante o quanto o time vai mudando o comportamento com você. Por exemplo, antes da data-limite pra trocas, LeBron (ou o astro principal do time que você estiver) te trata mal por acreditar no barulho de que você quer ser trocado. Quando passa, ele vem conversar com você e tal. Quando você tá no segundo ano, a atitude da imprensa e dos jogadores muda, e assim vai.
Você pode nesse modo jogar partidas 2×2, 3×3 e 5×5 com jogadores online, pode fazer diversas missões, treinar na academia pra ganhar bônus de desempenho, customizar sua quadra pessoal e chamar amigues para jogar com você, e muito mais.
O modo história é bastante recheado, e só ele já te garante centenas de horas para concluir. Mas diferente da maioria dos outros modos carreira de jogos, a história tem um certo charme, e faz ter vontade de ir até o fim da carreira com MP, já que nunca fiz isso em nenhum jogo de esportes.
[bs-heading title=”Jogabilidade” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Antes de falar da jogabilidade em si, é importante falar dos outros modos de jogo, que não têm uma história em si, mas também são parte fundamental da experiência.
O modo mais popular é o My Team, no qual você coleciona jogadores em forma de figurinhas, joga tanto modos single player quanto multiplayer em busca de montar o esquadrão perfeito.
Para partidas rápidas, o modo Play Now traz partidas de NBA, WNBA, NBA Today (um modo que os elencos são atualizados diariamente), e um modo de basquete de rua, além da 2KU, que traz o modo de treino do jogo.
Você também pode optar por jogar o modo My League, mas cuidado: ele também é gigantesco, especialmente por ter vários modos dentro dele. Você pode coordenar até 80 temporadas de uma Liga, ser o GM de um time, continuar a temporada atual do seu time na NBA, jogar uma temporada da NBA ou WNBA ou os playoffs de qualquer uma das ligas.
Independentemente do modo que você escolha, você vai ter que se comprometer a ele. A exemplo dos jogos anteriores, há uma unidade monetária em comum, as moedinhas que você pode comprar em microtransações, mas ela é limitada em quantidade. É a mesma moeda que você usa pra melhorar seu jogador no My Player, comprar pacotes de jogadores no My Team ou melhorar seu ginásio e suas condições no My League. Gastar em um lado pode fazer com que a experiência com o outro seja menos que o ideal. Por isso, sugiro que você teste um pouco de cada modo de jogo, escolha qual te agrada mais e mande bala.
Sobre a jogabilidade em quadra, a principal diferença é a velocidade, que está mais parecida com a do jogo real, e como a stamina afeta seus passes e arremessos. Até a versão anterior, você podia correr loucamente com a bola, chegar na linha de 3 ou no garrafão, e só fazer o que quiser com o arremesso. Agora, nem mesmo LeBron James ou Steph Curry conseguirão marcar com a stamina no vermelho.
Uma coisa que me agradou bastante é o quanto você pode deixar as coisas na mão da CPU até dominar determinados elementos. Por exemplo, eu não entendo o suficiente de basquete para escolher formações, rotações e estratégias durante o jogo. Além disso, eu tenho dificuldade em apertar e soltar botões que precisam de velocidade, então, em vez de ter que me preocupar com a barra de força dos arremessos, eu pude alterar a configuração para a porcentagem que é esperada de cada jogador, o que melhorou muito para mim.
Pras partidas rápidas, você pode fazer ainda mais modificações, e todas elas podem te ajudar a deixar o jogo mais ou menos fácil, dependendo do que você precisa.
Se você é especialista no esporte, fique à vontade para personalizar completamente sua experiência. NBA 2K22 é surpreendentemente profundo no que se refere à quantidade de opções que temos, tanto na parte técnica quanto na tática. Além disso, é possível personalizar todos os movimentos que seu jogador faz no modo MP, desde como ele enterra até como conduz a bola. Em todos os modos, dá para fazer NBA 2K22 a sua experiência.
O jogo também está muito mais imersivo. Você realmente se sente numa transmissão da NBA, incluindo replays com marcas de patrocinadores, apresentações de estatísticas, e show do intervalo com Shaq comentando. Todo jogo também traz uma entrevista pré-gravada com alguma das estrelas dos times. Nos timeouts, você vê cheerleaders dançando, os garotos arremessando camisetas para a torcida, mascotes dançando, ou o técnico de um dos times passando instruções. O único problema é que você não pode desligar isso, então, vai ter que ver de novo e de novo em todos os jogos, e quando você quer emendar uma sequência de partidas, incomoda um pouco.
No modo MP, você pode ficar observando o jogo do banco ou simular até sua próxima participação, e é interessante ver as reações que seu jogador tem a cada diferente lance. A sensação é, o tempo todo, de se estar assistindo à uma partida na TV.
[bs-heading title=”Parte Técnica” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
Eu preciso dar os parabéns pra 2K. Depois de me obrigar a comprar um cartão de memória novo (o jogo tem 45.5 Gb de tamanho, na versão digital, fazendo dele o maior jogo do Switch, superando os dois jogos anteriores da franquia, e marcando a primeira vez que um jogo no Switch passa de 40 Gb), eu me surpreendi com como o port foi bem sucedido. Obviamente, os gráficos não são tão polidos quanto as versões 4k de outros consoles, mas o jogo não é tão feio quanto eu esperava que fosse ser. As telas de carregamento demoram bastante, mas quando as coisas carregam, elas fluem.
Falando em carregar, achei muito legal colocarem videozinho da NBA 2kTV enquanto o jogo carrega. A gente aprende um pouco, responde a perguntas pra ganhar moedinhas e ainda vemos as melhores jogadas da semana (aquelas que eu nunca vou conseguir fazer) e notícias sobre os torneios de NBA 2K22.
A trilha sonora, que sempre foi um show à parte, este ano ganhou um upgrade: além de faixas de peso no lançamento, toda primeira sexta -feira de cada temporada do jogo, teremos adição de novas músicas, que estejam fazendo sucesso. Além disso, fãs também podem criar suas batidas e mandar para aprovação. Sua música pode ser o próximo sucesso!
Um grande problema para mim, ao menos, é o fato de que o jogo precisa estar conectado à internet quase que o tempo todo. Se você desconectar, não consegue jogar quase nenhum dos modos. Ao menos para progredir no single player do modo My Player, a gente deveria poder jogar offline. Pior que isso, colocar o Switch no modo sleep faz com que ele desconecte; ao tirá-lo da soneca, o jogo não consegue se reconectar, e você perde tudo o que estava fazendo. Isso significa que se o carteiro chegar, e você estiver no quarto período de uma partida, tem que pausar e colocar o console no dock ou deixá-lo lá, torcendo pra não demorar, e a tela desligar. Do contrário, já era, você volta ao último save antes de a partida atual começar. Provavelmente, os jogadores da franquia estão acostumados a isso, mas pra quem usa o Switch como um console portátil, é um saco.
Outro problema é que não é possível salvar prints das telas de jogo, nem tampouco gravar vídeos de suas melhores jogadas. Eu acho estranho, porque já vi tweets com a hashtag #NBA2K22 e as hashtags do PSShare, então, pelo menos a galera do PlayStation consegue fazer isso, e é muito chato você fazer uma jogada maravilhosa… e não poder compartilhar com ninguém.
Conectar com amigues é fácil, tanto localmente quanto online, mas a quantidade de modos possíveis de jogar é limitada. Já entrar numa partida online é… bem… complicado. Já tem muita gente de nível alto, e é difícil achar gente de nível baixo pra jogar. Às vezes, você fica mais de meia hora parado esperando alguém entrar. E mesmo quando você consegue achar um jogo que só falta uma pessoa, outros jogadores saem das posições quando veem alguém de nível baixo chegando pra jogar. Então, a menos que você tenha pelo menos gente o bastante pra um time de 3, boa sorte achando uma partida. Em mais de um mês jogando quase todos os dias, eu não consegui jogar mais que 10 partidas. Tudo bem que eu me dividi um pouco entre os modos, mas ainda assim, demora, é chato, é um incômodo. Pelo menos, quando voce efetivamente encontra uma partida, o lag, problema tão presente nas versões anteriores, não é perceptível. Eu não me lembro de nenhuma ocasião de jogador sumindo e reaparecendo em outro lugar, ou de meu jogador demorar a responder.
[bs-heading title=”Conclusão” show_title=”1″ heading_color=”#c4100a” heading_style=”t6-s4″ heading_tag=”h3″][/bs-heading]
NBA 2K22 é um pouco mais do que apenas mais uma versão da franquia. A jogabilidade foi melhorada, as partidas estão mais imersivas, a história no modo carreira é muito boa, e o jogo tem atrativos para que você volte todos os dias. Há alguns incômodos em relação ao fato de ter que estar conectada na internet o tempo todo, a dificuldade de encontrar partidas e também ao gráfico claramente inferior ao das outras versões, mas não é nada que impacte de fato na experiência geral. É uma melhora em relação às versões anteriores e vale a pena jogar, se você tiver espaço para ele.
Análise feita com cópia gentilmente cedida pela 2K Games.
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