Em tempos atuais vemos um novo ciclo para os consoles portáteis uma vez que o switch tem uma grande performance, trazendo aos porteis jogos inimagináveis a algum tempo atrás. Não obstante existia uma época em que as empresas competiam para ver quem conseguia o melhor portátil e os melhores jogos. Algumas vezes éramos agraciados com experimentos que deram errado e outras vezes com perolas.
O NeoGeo Pocket Color é uma perola desconhecida pelos brasileiros e somente se encontrava em mãos dos colecionadores mais sortudos. E por isso precisamos entender sua história.
O Gameboy da Nintendo fazia um sucesso estrondoso e isso era marcado por seus jogos simples e com grande variedade, nessa época várias empresas faziam concorrentes que no geral tinham dificuldade de penetração no mercado pelos mais variados motivos.
Recomendação de Compra
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Lançamento: Ago/2024
Pensando nisso a SNK decidiu fazer um portátil que fosse exatamente na direção correta escutando as pessoas.
Nesse contexto foi lançado o NeoGeo Pocket, versão do portátil da SNK com tela preto e branco, ele tentava ser tudo que o mercado precisava, tinha uma boa performance, as pilhas poderiam passar de 20 horas de uso e várias outras características que encantavam as pessoas.
Ocorre que poucos dias após o lançamento do portátil a Nintendo colocou o Game Boy Color como novo destaque. Isso mudou profundamente o apelo do portátil da SNK.
Com isso a SNK teve o seu portátil ofuscado, mas ela não desistiu e resolveu lançar uma versão remodelada com tela colorida.
Ocorre que devido as várias situações da história o console não fez o sucesso merecido e pouquíssimas pessoas no Brasil tiveram contato com ele.
Agora podemos começar a falar do jogo em si e o que tenho a dizer é simples. Trata-se de um jogo encantador para consoles portáteis.
É um jogo muito bonito para sua época e conta com grande variedade de personagens, apesar das limitações da época foi feito um grande trabalho aqui. Temos um sistema de colisão bastante eficiente, o que é essencial para tornar um jogo de luta divertido.
A jogabilidade é grande trunfo, pois ela é refinada e utiliza dois botões, um de chute e um de soco. Todos os personagens tem uma lista de golpes variada e especiais muito bem feitos.
As músicas tema deles estão também abrilhantando a experiência, todavia faço a ressalva que nem todas as pessoas vão apreciar o chip sonoro do NeoGeo Pocket mini, uma vez que é um chip sonoro muito simples e as músicas tem uma apresentação com cara de Master System.
Curiosamente é um jogo com um modo historia complexo e cheio de falas e personagens secretos para desbloquear, não vou estragar a surpresa, perto do final do jogo vão aparecer personagens que vão te desafiar em duplas ou trios.
Outro ponto positivo é a possibilidade de jogar em modo de único personagem ou em equipe, isso é incrível, foi uma característica que me impressionou bastante.
Os cenários são muito bonitos e tem uma qualidade muito decente, e alguns personagens tem proporções características como pés e mãos grandes, todavia tem boa qualidade e representam bem os seus design originais.
O que precisamos falar é sobre a qualidade desse conteúdo apresentada no Switch e isso tem altos e baixos.
A qualidade da emulação é bem decente, não notei nenhum artefato que prejudicasse a qualidade, mas eu não fiquei com uma lupa procurando detalhes e também não tenho o hardware original para comparar, por isso levem em consideração que é uma impressão minha.
O som também está sem engasgos, e foi adicionada uma função de rebobinar para que você volte um pouco o jogo e refaça alguma coisa que fez errado, na verdade isso não é muito útil em um jogo de luta onde as partidas duram no máximo trinta segundos, mas estou feliz que tenha, pois pode ser interessante de alguma forma para alguém.
Também conta com o manual do jogo e aí vai minha reclamação, a lista de golpes está no manual que você tem que ficar passando páginas, o ideal é que estivesse diretamente no menu do jogo, isso faz com que tenhamos que gastar bastante tempo se quisermos ver como fazer algum golpe ou especial.
Outro ponto a ser questionado é que não há nenhum presente aos fãs, o console e jogos dele são caríssimos e inviáveis de conseguir sem gastar verdadeiras fortunas, então aqui tinha uma ótima oportunidade de conhecer esse pedaço da história, mas não há nenhum tipo de arte ou reprodutor de músicas(apesar de ser possível escutar as musicas no menu de opções), entrevista ou qualquer coisa que ia deixar um pouco mais de informação.
A apresentação do tamanho da tela é bastante consistente podendo deixar do tamanho original ou do tamanho da tela toda, sem perder as proporções e tudo isso controlado pelo analógico. Ainda tem uma coisa bem curiosa, a tela de toque funciona, tecnicamente você pode jogar pela tela de toque, todavia é uma experiência horrível e que só foi citada por que achei curioso.
Eu recomendo o jogo fortemente para os fãs de jogos de luta da SNK ou pessoas que querem conhecer um pedaço da história, jogadores mais novos podem achar outros jogos da própria SNK no Switch que vão ser mais atrativos, mas com um interesse em se dedicar e com um tempo de qualidade para a experiência, vai haver uma boa dose de diversão.
É importante dizer que o jogo possui multijogador local e isso é incrível, mas nem tudo são flores, por algum motivo que eu não entendo quando você está no modo portátil a tela fica posicionada como se você utilizar o console em cima de uma mesa e eu não achei como mudar isso, enquanto na TV fica normal. Isso atrapalha bastante visto que obriga a você jogar apoiando o console num centro ou colocar no chão. Ainda assim fiquei muito feliz de ter essa opção.
A qualidade da emulação é decente e vale a pena conhecer um pouco da história da SNK e perceber o quanto de conteúdo pode ser encontrado nesse jogo que representa um momento de experimentação na história dos jogos.
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