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Universo Nintendo

Análise: Street Fighter 30th Anniversary Collection

Street Fighter comemora seus 30 anos de existência com esta coletânea que traz as versões de fliperama dos seguintes jogos:

Street Fighter

– Street Fighter II (World Warrior, Champion Edition, Hyper Fighting)

Super Street Fighter II (The New Challengers, Turbo)

Street Fighter Alpha

– Street Fighter Alpha 2

– Street Fighter Alpha 3

– Street Fighter III (New Generation, 2nd Impact, Third Strike)

30th Anniversary Collection compila os principais lançamentos da série e satisfaz a nostalgia de fãs antigos, além de ajudar a introduzir esses clássicos para uma nova geração de jogadores. No entanto, o uso da versão de fliperamas também faz com que muitas melhorias feitas nas versões de console não estejam presentes, como vários modos de jogo, personagens extras e muito mais.

Essa falta de conteúdo é mais perceptível nos jogos Alpha 2, Alpha 3 e em Street Fighter III: Third Strike, que tiveram versões drasticamente mais completas desde suas origens no fliperama. Alpha 3, por exemplo, teve seu último lançamento no PSP, contando com 10 personagens a mais e vários modos que estendiam consideravelmente a vida útil do título. Third Strike teve seu último lançamento no PS3 e 360 com a Online Edition, que trazia alguns desafios úteis para aprender as mecânicas do jogo. Essas ausências devem passar despercebidas pela maioria dos jogadores, mas é uma pena que a Capcom optou por não incluir as versões mais completas de cada título.

Como novidade, a coletânea traz modo treino e modo online para os jogos Street Fighter II Hyper Fighting, Super Street Fighter II Turbo, Street Fighter Alpha 3 e Street Fighter III Third Strike. A única ausência notável desta lista é com Street Fighter Alpha 2, que tem uma jogabilidade fundamentalmente diferente do seu sucessor. As opções de treino são bem completas, trazendo opções de configurar a inteligência artificial, controlar vida e barras de especial, entre outras opções. São coisas obrigatórias em jogos de luta atuais e adições muito bem-vindas nos clássicos.

O modo online traz as opções de partida com rank, partida casual, criar ou procurar uma sala, além da opção de se jogar o modo fliperama enquanto se aguarda oponentes. No caso de partidas com rank ou casuais é necessário escolher o jogo antes de se encontrar um oponente, no entanto, 30th Anniversary torna as salas algo mais interessante, já que o jogo é escolhido entre os participantes da luta na hora de começar o combate. Isso faz com que seja possível jogar uma partida de Alpha 3, seguida de uma de Super Turbo e então ter que se adaptar em Third Strike contra outro oponente. Estranhamente, não é possível ver a qualidade da conexão com o oponente antes da partida, não existem filtros de região, o modo espectador vem desligado por padrão e não existem mecanismos contra pessoas saírem no meio de uma luta.

A coletânea também inclui um museu com músicas dos jogos incluídos na coletânea, um painel dedicado à história da série desde o primeiro Street Fighter até o lançamento do quinto jogo principal, uma verdadeira enciclopédia sobre os personagens, que também permite ver alguns golpes frame por frame e materiais sobre a criação dos jogos, especialmente SF II que tem sua história de criação comentada inclusive com opção em português.

A versão de Switch é particularmente recomendada para aqueles que prezam pela portabilidade e pela possibilidade de se jogar partidas locais com amigos de maneira casual. Caso a portabilidade não seja uma grande prioridade ou se tenha um viés competitivo, outras versões são mais adequadas. Infelizmente, os Joycons não são adequados para jogos de luta e tornam a execução de combos e até de ataques um pouco mais complexos consideravelmente mais difícil. Os clássicos também requerem uma execução de comandos bastante precisa, dificultando ainda mais a vida do jogador.

Minha experiência com o online também variou entre o aceitável e o péssimo, sem que eu tenha conseguido jogar uma única partida sem atraso mesmo contra jogadores que (suponho) sejam brasileiros. Como o Switch não tem uma conexão por cabo com a internet por padrão, o uso da Wi-Fi piora a taxa de latência entre jogadores. Procurando por relatos de vários outros jogadores, o problema com lag é mais persistente na plataforma da Nintendo do que em outras.

O jogo foi gentilmente concedido pela Capcom para esta análise.
(The game was kindly granted by Capcom for this review.)
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