Durante sua participação na GDC 2025, John Buckley, gerente global da comunidade da Pocketpair, revelou o impacto emocional e operacional causado pelo processo judicial movido por Nintendo e The Pokémon Company contra seu jogo Palworld.
Em meio à conferência, Buckley expressou surpresa e consternação com a ação legal, destacando que, apesar dos “checks legais” realizados antes do lançamento, o processo pegou a equipe de surpresa. “Fizemos verificações legais antes do lançamento de Palworld e tudo estava liberado no Japão. Então, quando o processo foi anunciado, pensamos: ‘O que?’”, relatou Buckley. Ele acrescentou que os advogados da empresa logo buscaram esclarecimentos junto aos tribunais e descobriram que a ação se fundamentava em patentes – uma constatação que transformou o dia em “muito deprimente”, afetando toda a equipe.
Segundo Buckley, o ambiente na empresa ficou desolado: “Basicamente, todos na Pocketpair são grandes fãs, então foi um dia muito triste, com todos cabisbaixos, caminhando na chuva.” O impacto foi tão significativo que a empresa precisou reavaliar seus planos, adiando o lançamento da versão para PlayStation e a participação na Tokyo Game Show, além de ter que investir em segurança para a equipe.
O processo judicial, iniciado em setembro, busca uma liminar e uma indenização de 5 milhões de ienes, alegando infração em três patentes diferentes. Um dos pontos centrais da disputa seria a semelhança entre a “Pal Sphere” presente em Palworld e as tradicionais Poké Balls dos jogos Pokémon.
Após a notícia do processo, a Pocketpair emitiu um comunicado oficial em que reafirma seu compromisso com os fãs e com a comunidade de desenvolvedores independentes. “Faremos o máximo por nossos fãs e para garantir que os desenvolvedores indie não sejam impedidos ou desmotivados de buscar suas ideias criativas”, declarou a empresa.
Um veredito sobre essa ação judicial ainda não foi compartilhado pelas empresas.