‘Wonder Boy: Asha in Monster World’ é o remake do fantástico título Monster World IV, lançado para o Mega Drive lá em 1994. O título chega ao Switch com o papel de representar uma das franquias mais antigas do mundo dos games e com o papel de representar essa pérola dos anos 90 para novos e velhos jogadores, ávidos por um bom platformer.
O título seguiu fiel às mecânicas de ‘Monster World IV’, apresentando uma jogabilidade semelhante, níveis praticamente idênticos e conservando a identidade do jogo. Jogar esse jogo é como se teletransportar para os anos 90, jogando um platformer que combina elementos de RPG e exploração. Nessa história, Asha explora templos antigos e dungeons inóspitas com a ajuda de seu fiel companheiro Pepelogoo, um serzinho azul e voador, visando libertar os quatro espíritos sagrados para evitar a dominação do mundo. A história e a narrativa do título são bem simples, mas também muito cativantes, conseguindo prender a sua atenção de forma satisfatória.
Combinado a isso, o título conta com um estilo que lembra muito os animes, o que deixa o jogo muito bonito e agradável. Os personagens são muito bem caracterizados e bonitos, os cenários são bem desenhados e montados, contando com uma simplicidade muito positiva.
Recomendação de Compra
Nintendo Switch – Modelo OLED (Branco)
Lançamento: 08/Out/2021
Não existe uma grande variedade de inimigos ou de dungeons, mas não acho que isso pesa na qualidade do jogo já que ele consegue se reinventar de forma muito eficaz.
O jogo conta com algumas comodidades dos tempos atuais, como a habilidade de salvar o progresso em qualquer ponto da fase e os alguns efeitos de profundidade que dão um aspecto “2.5D” ao título – o que também contribui para uma boa experiência.
A escolha de manter o título como um jogo de plataforma 2D, utilizando de alguns artifícios para dar um aspecto tridimensional, é um grande acerto. O design e o estilo são limpos, coloridos, vívidos e me lembram muito dos títulos de SNES, como o próprio Super Mario World.
Os elementos trazidos do RPG dizem respeito à possibilidade de mudar equipamentos, que garantem melhorias para o ataque, defesa e HP. Para obter equipamentos melhores o jogador deve coletar moedas e barras de ouro, podendo comprar itens na cidade de Rapadagna.
As mecânicas de batalha são muito simples, algo que me agradou muito. O título apresenta uma jogabilidade muito limpa, o que me atraiu até mesmo em dias em que eu estava mais cansado ou estressado, uma experiência bem relaxante.
Seu parceiro Pepelogoo é um elemento chave nessa jogabilidade, ele lhe permite saltar duas vezes, planar, acessar locais inacessíveis e até mesmo coletar certos itens. Conforme o jogo progride, seu parceiro vai se tornando mais importante e mais usado.
A cereja do bolo é com certeza a trilha sonora. O remix da trilha sonora original ficou muito bom, tudo é muito bem feito e contribui para a ambientação. Tudo lembra muito bem dos jogos dos anos 90, então o fator nostalgia pode te ajudar a aproveitar muito! Além disso, os diálogos são todos dublados em japonês, o que é muito bom, já que o clima de anime que o jogo tem combina muito.
Por outro lado, o título apresenta alguns pontos negativos. Notei que algumas vezes a personagem não realizava algumas ações, como pular enquanto corria. Verfiquei meu controle várias vezes e o mesmo não apresenta problema em outros títulos, o que é uma pena. Muitas vezes faltam alguns elementos de história para dar uma “liga”, para emendar a história e facilitar a vida do jogador.
Por fim, ainda que eu tenha gostado e muito do fato do jogo manter as suas raízes, acho que havia espaço para inovação. Alguma elemento novo, algum nível adicional, algo inédito e que permitisse que o título conversasse com os platformers atuais, sem perder a sua essência.
Análise feita com código gentilmente cedido pelo STUDIOARTDINK.
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