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Universo Nintendo

Análise: Wolfenstein II: The New Colossus

O Nintendo Switch é uma plataforma sensacional do aspecto portabilidade ao suporte de jogos feitos pela companhia que com um ano no mercado tivemos boas surpresas – inclusive de third party. E uma das mais gratas surpresas é a Bethesda, que vêm dando suporte à plataforma com jogos de calibre pesado, importantes e que faltavam para expandir essa biblioteca maravilhosa. Wolfenstein II: The New Colossus é desses jogos que amantes de FPS não podem deixar passar de jeito nenhum, e nessa minha análise aqui, pretendo mostrar como foi minha experiência matando nazistas à torto direito em meio a uma guerra que pude carregar para tudo quanto é lado.

Wolfenstein II: The New Colossus é meu primeiro jogo da franquia, inclusive a primeira vez que jogo – uma vez que deixei passar as versões para outros consoles quando soube que viria para a plataforma da Nintendo. Ainda que eu possa ter perdido a primeira empreitada, logo no início do jogo me mostram um curta explicando todos os fatos mais importantes do predecessor, pra não chegar “sentando na janela do ônibus” nessa nova versão.

Vai um pouco de ação aí?

A ação aqui nesse FPS continua frenética para quem veio de Wolfenstein: The New Order, que também conta com todo aquele belho trabalho sólido de sua produtora (Machine Games) em cenários, além de termos acesso à um belo arsenal balístico e explosões por todas as partes para garantir que sua tarefa aniquilando inimigos seja cheia de emoções. Wolfenstein II: The New Colossus conta com violência de todos os tipos: de racismo à doméstica, tirando o fator da guerra, posso dizer com total segurança que a Machine Games caprichou na hora de mostrar um FPS de qualidade com uma história profunda, digna de jogos que dominam esse gênero no mercado.

História

Para a história desse jogo, vivemos uma narrativa profunda e cheia de contos do passado de B. J. Blazkowicz. Desde o início conta-se sua origem, o que viu e viveu no passado com sua família, companheiros e o motivo que o levou a defender seu país na guerra. Digamos que no começo possa ser um pouco mais difícil de você entender toda a situação, visto que o jogo intercala entre ação matando inimigos que surgem sem parar com cenas do passado (em legendas minúsculas no modo portátil) dando a impressão de que você pode acabar se perdendo do contexto se não se atentar ao que ocorre no presente e passado. Digo isso também porque The New Colossus se mostra bem mais emotivo do que sua edição anterior pelo que li em seu resumo, mas claro, com bastante humor pesado além de sarcasmo e sátiras por todos os lados.

Nessa versão continua sendo bem complicado exterminar o atual regime nazista de Hitler, que têm como seu braço direito  a general Irene Engel – inclusive a responsável pela busca da cabeça de nosso personagem principal BJ e toda sua equipe parte da resistência. Não sei quanto à vocês, mas essa vilã merece palmas por toda sua personalidade empregada em The New Colossus se mostrando um inimigo verdadeiramente formidável, curel e muito bem trabalhada na história.

Eploração, cenários e arte

O jogo nos permite a exploração de pontos que se intercalam nos Estados Unidos onde buscamos aliados para reforçar a tropa da resistência contra a atual ditadura nazista. Percorremos por uma destruída Nova Iorque, Texas, Novo México e Nova Orleans com uma bela variedade de estruturas em cenários muito bem trabalhados. A Machine Games optou por uma mecânica em que o jogador atira e continua avançando por um cenário que passa a impressão de uma liberdade maior quando comparado à outros jogos do gênero, permitindo uso de estratégias bem bacanas para aqueles que preferem cercar seu inimigo de vários lados sem ser percebido, evitando o confronto frontal sem “saída”. A direção de arte do jogo também merece diversos elogios pois a variedade de cenários imposta nos passa a sensação de uma guerra em 1961 – ainda que com armas futurísticas para a época – The New Colossus nos mostra um mundo fantástico, das diversas paisagem à inimigos que estão tão bem feitos, que você vai pensar duas vezes antes de tentar enfrentá-los (é melhor passar sem ser percebido, vai por mim!).

Desempenho e sistemas

O jogo possui um sistema bacana como um FPS para tiroteios frenéticos, e no Switch isso fica ainda melhor com a adição da mira pelo sensor de movimento e também do suporte ao HD Rumble. ter um controle livre sobre onde vou mirar apenas movendo minha mão, e o feedback dos tiros com as vibrações dá uma imersão muito bacana ao jogo – mesmo no modo portátil do console.

O estilo também segue padrões implementados por grandes jogos de guerra com campanha solo: temos missões principais com secundárias e uma outra gama opcional para se aprofundar mais nas histórias que são contadas de forma mais superficial.

Para mostrar que não estamos em uma era só mergulhada em multiplayer no gênero, a Machine optou por não implementar qualquer tipo de mecânica que permita vários jogadores ao mesmo tempo em The New Colosssus, deixando claro que a melhor experiência aqui é a solo por meio de todas as histórias que são contadas.

Quanto à resoluções o jogo claramente se mostra um primor, mesmo na versão portátil ela se mostra muito bem trabalhada pela Panic Button. O port também não deixa nem um pouco a desejar na taxa de quadros, que ao meu ver se mostra bem firme em meio aos tiroteios mais intensos e com mais inimigos. Como em todo jogo para o Switch, The New Colossus possui um desempenho melhor quando no dock.

E os problemas?

Aqui estamos em uma das parte mais difíceis: apontar defeitos. Claro que todo jogo possui seus altos e baixos, mas com Wolfenstein II as coisas não me pareceram graves à ponto de prejudicar muito a jogatina. Uma das coisas que posso apontar aqui é que fica bem difícil entender a história pelas legendas – principalmente no modo portátil – pois elas são bem pequenas. Seria muito bom se implementassem alguma opção que pudesse ampliar os textos.

Fora isso, talvez posso apontar também que a IA dos inimigos as vezes acaba falhando, os fazendo se movimentar e atirar de forma um pouco mais grotesca que o aceitável para um personagem controlado pela máquina – mas nada tão grave.

O jogo foi gentilmente concedido pela Bethesda Softworks para esta análise.
(The game was kindly granted by Bethesda Softworks for this review.)

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